Teoria e pretica de narrativas jurídicas

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O relativismo cultural defende que o bem e o mal, o certo e o errado, entre outras categorias de valores, são relativos a cada cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada cultura. Os princípios morais, na realidade, descrevem convenções sociais e devem ser baseados nas experiências e normas compartilhadas pela sociedadeanalisada. Além disso, o relativismo cultural envolve declarações em epistemologia e metodologia. Se tais afirmações necessitam ou não de uma postura ética, é um argumento a ser debatido.
Dessa forma, trata-se de pregar que a atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos de sua própria cultura. Esse princípio foi estabelecido comoaxiomático na pesquisa antropológica de Franz Boas, nas primeiras décadas do século XX e, mais tarde, popularizado pelos seus alunos. Porém, o relativismo não é mero axioma (algo que não precisa ser provado ou um ponto de partida a priori), mas antes parte das conclusões que são produzidas da observação e da convivência com outros grupos e com suas convicções. Conforme um dos alunos de Boas, Melville Herskovits: “ | O princípio do relativismo cultural decorre de um vasto conjunto de fatos, obtidos ao se aplicar nos estudos etnológicos as técnicas que nos permitiram penetrar no sistema de valores subjazcentes às diferentes sociedades . | ” |
A ideia foi articulada por Boas em 6969: “ | ...civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização. [1] | ” |
Contudo, Boas nunca usou o termo relativismo cultural, que - em seus caráter axiomático - acabou ficando comum entre os antropólogos depois da sua morte, em 1942. O termo usado pela primeira vez, em 1948, na revista American Anthropologist, representava as ideias de Boas, conforme a síntese de seus alunos a respeito dos princípios ensinados por ele.
Antes, as ideias de F. Boas parecem coincidir com os postulados de Albert Einstein em

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