TEORIA PLATÔNICA DA BELEZA
Vamos encontrar em Platão as primeiras indicações a respeito da Beleza. Para Platão diante da visão do mundo e do homem, a beleza de um ser estaria em sua maior ou menor comunicação com uma Beleza absoluta, que subsiste no mundo puro e eterno das idéias supra-sensível.
Platão também acredita que a alma é atraída pela Beleza, pois sua pátria natural é o mundo das essências; e estando exilada neste mundo, sente falta do outro. Existiriam então almas mais aptas a recordarem a beleza e a verdade do outro mundo. Explicando então que o homem não encontra a verdade através do conhecimento, e nem a beleza através da arte, pois foram estas contempladas antes que a alma se unisse ao corpo.
O homem que deseja contemplar e unir-se a Beleza começa por essa forma primitiva de amor. Passa a amar não simplesmente os corpos, mas a beleza existente neles. Ele contemplará a beleza que existe nos costumes e nas leis morais, notando que ela está relacionada com todas as coisas, e considerando então a beleza corpórea de pouca estima. Por toda essa disciplina amorosa poderá ocorrer ainda aqui na terra o estágio final, o Amante em êxtase. Verá algo que não nasce nem morre, não aumenta e nem diminui. Assim, seguindo o caminho do amor primeiro físico e depois espiritual. O homem pode se elevar então da beleza sensível até a beleza absoluta. “A beleza é o brilho ou esplendor da verdade”. Parece lícito afirmar que para Platão a beleza causava antes de mais nada prazer e arrebatamento.
No texto “O Banquete”, quando Platão fala que o homem que vê adequadamente a Beleza seria o único a criar a verdadeira Virtude, pois se encontra em contato com a Verdade, atribui à Beleza a identificando com a Verdade, como um Bem ou Virtude.
Dentro do pensamento platônico, essa idéia é coerente quando no texto do “Fedro” ele diz: “... Somente a Beleza tem esta ventura de ser a coisa mais perceptível e elevadora”.
A contemplação da beleza seria uma recordação de