teoria miasmaticas
A teoria errada que salvou milhões de vidas
Uma das correntes mais antigas da medicina associava as epidemias a certas impurezas existentes no ar, denominadas miasmas. Diziam que os miasmas se originavam a partir das exalações de pessoas e animais doentes, emanações de pântanos de dejetos e substâncias em decomposição. Sua presença era detectada através do mau cheiro. Dizia-se que ao impedir a propagação dos maus odores, evitavam-se as epidemias. Essa teoria “não - cientifica”, que se tornou popular no século XVIII, foi responsável pelo surgimento do movimento higienista, o que salvou milhões de vidas.
Os miasmas na antiguidade
A palavra miasma vem do grego e significa impureza ou mancha. No teatro grego, um assassino se tornava impregnado por um miasma, uma mancha ou impureza, um sinal maldito da morte, que o acompanhava para sempre.
Para Hipocrates, as epidemias podiam originar de mudanças de ar, principalmente de variações de temperatura e de umidade, uma alteração puramente física. O miasma seria algo diferente: uma impureza existente no ar, que podia produzir doenças e pestes. Essa transmissão de doenças pelo ar (miasmas) era chamada de “infecção”. Nas grandes epidemias que ocorreram na Antiguidade, as pessoas evitavam se aproximar de doentes, para não serem contaminadas, e temiam adoecer respirando o ar que vinha dos cadáveres ou de pessoas atingidas pela peste.
A podridão como causa das doenças
Durante a Idade media, entre os pensadores islâmicos foi que a teoria de corrupção do ar atingiu maior desenvolvimento. Dentre eles o que se mais destacou foi o medico conhecido como Avicena (980-1037). Em seu livro Cânon da medicina ele atribuiu muitas doenças a podridão. Que as pestes eram produzidas pelas águas paradas, pelos cadáveres, que produziam vapores malignos, sendo transportados pelos ventos para outros lugares. O ar era úmido e turvo, sendo mais raras em tempo seco.
De acordo com essa interpretação, a prevenção das