Teoria Malthusiana e suas implicações no Agronegócio
A ONU estima que seremos 10 bilhões até o fim do século, quando, finalmente, a população vai começar a diminuir.
A questão, que está representada no gráfico abaixo, sempre afligiu a humanidade, pelo menos desde que o reverendo britânico, Thomas Malthus (1766-1834) previu, em 1798, um desfecho catastrófico para o aumento rápido da população mundial.
A chamada “Teoria Malthusiana” afirmava que os recursos naturais cresceriam a uma velocidade superior à população, resultando num quadro de fome em massa, no final do século passado. A produção mundial de alimentos per capita foi inferior a 70%, no período de 1951 a 1995, quando o crescimento da população mundial foi alarmante. O aquecimento global, a educação e o controle de natalidade estão entre os fatores apontados por demógrafos para assegurar a qualidade de vida no planeta e o problema não está na incapacidade de produzir comida em escala global para alimentar a população, e sim na distribuição dos recursos econômicos.
Processo revolucionário
As previsões de Malthus não se concretizaram porque ele não previu as enormes transformações que ocorreriam posteriormente, no processo produtivo dos alimentos e no ritmo de crescimento da população: a produção de alimentos cresceu a um ritmo muito maior que a população, quase invertendo a equação geométrica x aritmética. Mas que transformações foram essas que promoveram o ritmo de crescimento da produção e reduziram o ritmo de crescimento da população? Foram os desenvolvimentos tecnológicos na agricultura (melhoramento genético de plantas e animais, desenvolvimento de máquinas/implementos e incremento na produção de insumos) e na medicina (desenvolvimento dos anticoncepcionais, principalmente). Caracterizava-se assim o agronegócio sendo ele o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico.
Na verdade, com a utilização das modernas tecnologias de produção de alimentos, poderíamos crescer numa