Teoria Economica
A crise que em meados de 2007 iniciou-se como financeira e transformou-se em uma crise da economia real ao termino de 2008 parece não ter sido equacionada e sua solução mostra-se incerta, o que tem dado nova reflexão a proposições Keynesianas, especialmente nos Estados Unidos, onde ocorreram correntes de pensamento que até pouco tempo pareciam inabaláveis tornaram-se quase obsoletas para se esclarecer. Entende-se que a crise começou com problemas de crédito, com a inadimplência de tomadores de hipotecas e rapidamente se transformou em uma crise de liquidez, ou seja, a possibilidade de converter riqueza presente em poder de compra para usá-lo na aquisição de outras formas de riqueza não foi conseguida. Isso ocorreu quando os mercados para papéis lastreados em hipotecas entraram em colapso. A incerteza quanto à extensão dos problemas desses mercados levou a uma rápida elevação da preferência pela liquidez e consequente colapso, como previsto por Keynes, dos preços de ativos (algo que representa valor) que uma pessoa pode trocar por outros ativos de maneira fácil e eficiente. O Brasil que parecia imune a essa crise, agora de caráter mundial, começa a sofrer os seus efeitos, especialmente no aumento das taxas de inflação que já se mostram fora do Sistema de Metas Inflacionárias previsto pelo governo. Por uma série de razões, a taxa de aumento persistente e generalizado no valor dos preços no Brasil não parece ter uma relação regular e definida com pressões dos gastos total com a compra de bens e serviços que serão adquiridos, para cada nível de preço e a tendência da inflação parece estar ligada, por alguns motivos, a fatores de custo: existe um grande número de preços “monitorados” para serviços públicos e serviços privados de utilidade pública, muitos dos quais são indexados contratualmente por um índice de preços em particular que é fortemente afetado pela taxa de câmbio, o custo de uma moeda em relação a outra; o Brasil é uma economia