Teoria dos Sistemas Dinamicos
A teoria dos sistemas dinâmicos é popular entre muitos desenvolvimentistas. Em grande medida, ela se baseia no trabalho do fisiologista russo Xicholas Bemstein (1967) e foi expandida por Kugler, Kelso e Turvey (1982). A palavra dinâmico implica o conceito de que a mudança desenvolvimental é não linear e descontinua. Por ser visto como não linear, o desenvolvimento é considerado um processo descontinuo. A mudança individual ao longo do tempo não é necessáriamente tranquila e hierárquica assim como não precisa envolver uma mudança em direção a níveis mais elevados de complexidade e competência no sistema motor. Os indivíduos, em especial aqueles com algum dano incapacitante, podem enfrentar impedimentos ao próprio desenvolvimento motor. Por exemplo, crianças com paralisia cerebral espástica com frequência ficam atrasadas no aprendizado do andar independente. Quando elas começam a andar de modo independente, os padrões da sua marcha seguem um caminho individualizado, alcançado no momento apropriado para cada criança em particular. Embora por definição seja um processo continuo, o desenvolvimento também é descontinuo quando visto a partir de uma perspectiva dinâmica. Em outras palavras, o desenvolvimento é um processo "continuo-descontinuo".
A dinâmica da mudança ocorre ao longo do tempo, mas é influenciada, de modo altamente individual, por uma serie de fatores críticos dentro do sistema. Esses fatores são as affordances e os limitadores da taxa. As affordances tendem a promover ou estimular a mudança desenvolvimental. Os limitadores da taxa são condições que se possam impedir ou a retardar o desenvolvimento. As affordances e os limitadores da taxa são vistos como restrições. As restrições estimulam ou desestimulam movimentos (Newell, 1984). Fará crianças com paralisia cerebral, por exemplo, essas restrições são neurológicas e biomecânicas. As affordances podem incluir suporte assistido, apoio, estimulo e