Teoria dos recursos internos - rotinas
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAV
Gestão do Agronegócio - Noturno
Pedro Henrique Torres Alves
(11/0136152)
Teoria dos Recursos Internos
Rotinas
Brasília
2011
Introdução As teorias microeconômicas tem procurado entender o modus operandi das organizações - e suas características -, tentando explicar a diferenciação de empresas entre si, e buscando o entendimento de como as decisões empresarias são tomadas. Numa visão neoschumpeteriana, esta busca leva ao conceito de rotinas. Segundo Nelson e Winter (1982); a definição de “rotina organizacional” é central para a teoria da evolução das firmas. Como objetivo, já que este trabalho possui um caráter de revisão, este busca um entendimento da definição do conceito de “rotina organizacional”, assim como os seus benefícios, características e singularidades, que resultam em uma vantagem competitiva.
1. Conceito
Ao rever a literatura de rotinas, encontram-se poucas investigações empíricas sobre a natureza das rotinas. Isso pode ser espelho da falta de progresso conceitual. Mesmo assim, este é um conceito que tem chamado a atenção na literatura organizacional. Caracteriza-se como um relevante conceito na discussão a respeito dos limites da teoria neoclássica (MARENGO apud COHEN, 1996) e na sua concepção sobre o comportamento da empresa, seja em termos de produção, decisão e maximização de funções. Apresenta-se também como elo entre as discussões sobre o comportamento da empresa, racionalidade limitada e a perspectiva schumpeteriana da inovação e dinâmica capitalista. A partir disto, procura-se explicar as diferenças de comportamento e performances das empresas (GUENNIF; MANGOLTE, 2002). E é visto como importante para a formação de vantagens competitivas - como inimitabilidade, conhecimento tácito, etc. (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997; EISENHARDT; MARTIN, 2000). Mesmo assim,