Teoria do heroismo e a verdadeira nobreza
Nestas estrofes, o poeta apresenta a sua perspectiva em relação ao império português, que perdia o seu brilho e os valores dominantes do país.
Luis Vaz de Camões condenava o estilo de vida dos portugueses, nomeadamente da nobreza, naquela época, que na opinião de Camões se rendia ao luxo que um dia poderia acabar.
O poeta defende que deve ser o Homem a construir a sua própria vida, com base na inteligência, na dedicação, sabedoria, criatividade e na honestidade,este tem de passar por obstáculos e barreiras da vida para conseguir o que ambiciona, para assim ter mérito próprio pois só desta maneira se dá valor àquilo que “ganhamos”.
Contudo, Camões sabia que esta teoria era dificil cumprir, porque o Homem escolhe sempre as facilidades da vida em vez de lutar pelas ambições que tem.
Foi neste contexto que surgiu a teoria do heroísmo e verdadeira nobreza apresentada por Luís de Camões, o herói para Camões na obra é Vasco da Gama, comandante da armada que realiza a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. Contudo, Vasco da Gama é paradigma de todo o povo português, já que Camões propõe elogiar todos os navegadores, reis que dilataram a fé, conquistanto territórios em África e na Ásia e todos os que imortalizaram, ficando na memória dos homens pelos seus feitos grandiosos. Também o título aponta para esta colectividade: canta-se um herói colectivo, que é o povo português, o qual se destacou pelo esforço e pela coragem.
Concluindo, o poeta incita os homens a alcançarem a verdadeira glória e a fama, que não se conseguem pela cobiça, a ambição ou a tirania, mas sim pela justiça, a coragem e o heroísmo desinteressado, ou seja, para Luís Vaz de Camões o herói faz-se pela sua coragem e virtude e pela generosidade da sua entrega a causas