A interação mãe-bebê nos primeiros meses de vida- segundo WinnicottNa teoria de Winnicott, o desenvolvimento emocional primitivo é um tema bastante amplo e complexo. Para ele o ser nasce indefeso, desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os diferentes estímulos provenientes do exterior. Ao longo de toda a sua obra, percebe-se que Winnicott preocupou-se em afirmar que não pretendia instruir as mães sobre o que têm que fazer com seus bebês, pois acredita na capacidade que toda mãe tem para cuidar bem de seu filho e ressalta que esta faz seu trabalho simplesmente sendo devota. Porém para que o bebê se desenvolva emocionalmente, é necessário que alguém o auxilie neste processo, ou seja, é necessária a presença de uma mãe suficientemente boa, que não necessariamente é a própria mãe do bebê, mas alguém que assuma este papel, no sentindo amplo, todos ao seu redor, isto é: Para Winnicott, a mãe necessariamente não precisa ser biológica e sim aquele que supre as necessidades do bebê, haverá momentos que este ambiente poderá falhar, criando assim uma distorção no desenvolvimento do bebê. O fato é: o bebê nasce com uma tendência para o desenvolvimento. A tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento ótimo. Winnicott propõe que, durante os últimos meses de gestação e primeiras semanas posteriores ao parto, produz-se na mãe um estado psicológico especial, ao qual chamou de preocupação materna primaria. A mãe adquire graças a esta sensibilização, uma capacidade particular para se identificar com as necessidades do bebê. Nesta fase o “Holding” é importante para o bebê, nele o bebê terá o tato, temperatura, sensibilidade auditiva, sensibilidade visual, sensibilidade à quedas, é uma sensibilidade epidérmica.
Cada bebê tem um impulso biológico para a vida, para o crescimento e para o desenvolvimento, tanto físico quanto emocional, que incluem os processos de maturação. De acordo com a teoria Winnicottiana, este