Teoria da preferência revelada
Paul Samuelson sugeriu uma abordagem alternativa para a análise do comportamento do consumidor: “Por que não observar diretamente o comportamento do consumidor e extrair as conclusões com relação às suas preferências?”.
Samuelson demonstrou como as predições ordinárias da teoria do consumidor, feitas pelo comportamento não observável das preferências, podem ser derivadas através de uma simples suposição sobre a escolha do consumidor que é diretamente observável.
A idéia é intuitiva: “se o consumidor compra uma determinada cesta de bens ao invés de uma outra que também esteja disponível, então esta cesta escolhida corresponde à preferência revelada do consumidor”.
A suposição é que, ao escolher uma cesta sobre a outra, o consumidor oferece importantes informações sobre suas preferências e, consequentemente, sobre seu comportamento. Assim, ao invés de construir uma estrutura axiomática para dar consistência ao comportamento do consumidor, são feitas suposições sobre a consistência das escolhas que são efetivamente realizadas.
As preferências dos consumidores não são diretamente observáveis, por isso temos que estimar as suas preferências e consequentemente suas curvas de indiferença com base em suas escolhas (processo inverso) para então prevermos as suas escolhas futuras. Para isso tomamos como hipótese que as preferências dos consumidores são imutáveis. O que não é muito real se tomarmos como base o longo prazo, mas se utilizarmos como referência o curto prazo nossas estimativas se tornarão bem próximas da realidade.
O processo inverso da teoria é muito simples. Se um consumidor vai ao mercado e escolhe uma cesta