Teoria da literatura estudo dirigido
O autor considera a teoria uma forma de responder de maneira mais exata, complexa e completa às questões que o senso comum tende a explicar através de conceitos rudimentares.
2 - a) Em que consistem, para Acízelo, as atitudes descritivista e normativista na teorização sobre a literatura? Como, historicamente, essas atitudes têm se manifestado?
“a atitude normativa diz o que a literatura deve ser e como deve ser julgada; a atitude descritiva diz o que ela é e que explicações prováveis lhe são apropriadas.” Página 15
“1. Em Platão e Aristóteles, isto é, na época clássica grega
(séculos V-IV a.C), mesmo tendo havido sensíveis colocações normativas, parece ter predominado uma especulação mais aberta.
2. Ainda na Antigüidade, depois da época clássica, o tom normativo se impõe, tanto entre os gregos quanto entre os latinos.
3. Na Idade Média, o normativismo persiste, tanto pelo continuado prestígio de uma disciplina surgida na Antiguidade
— a retórica — quanto pelo aparecimento da chamada gaia ciência — a arte ou técnica de compor versos segundo a prática dos poetas ligados ao lirismo de origem provençal, florescente no período que se estende do século XI ao XIII.
4. Na época que vai de fins do século XV até o século
XVIII, ocorre uma redescoberta entusiástica da Poética de Aristóteles, que é republicada, traduzida, comentada, além de influir decisivamente em diversos tratados então surgidos, os quais acentuam fortemente a nota normativa cuja presença em Aristóteles se pode considerar discreta. Essa teorização clássica ou neoclássica constitui uma verdadeira preceptistica (isto é, conjunto de preceitos, normas ou regras referentes à elaboração e à avaliação crítica da literatura), correspondendo ao período de vigência de atitude normativa mais exacerbada.
5. A partir do século XIX, a consolidação do Romantismo faz ruir a preceptistica consagrada pelo Classicismo moderno
(de fins do século