Teoria da justiça perspectiva marxiana
TEORIA DA JUSTIÇA
PERSPECTIVA MARXIANA
Trabalho apresentado á disciplina de Filosofia Jurídica, ministrada pelo professor Bruno Camilloto. Curso de Direito. Universidade federal de Ouro Preto.
OURO PRETO
2010
1 INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é apresentar a Teoria da Justiça a partir da perspectiva marxiana que foi por muito tempo considerada utópica e hoje é uma necessidade social visto que a desigualdade só faz aumentar. Muitas são as causas da desigualdade acentuada, entre elas podemos destacar o crescimento industrial indisciplinado e as mudanças nas necessidades econômicas dos homens. Essa concepção de justiça sugere a construção de um pensamento voltado a verdadeira justiça social e igualdade entre os homens.
2 TEORIA DA JUSTIÇA Após a publicação de Theory of Justice (John Rawls, 1971) desenvolveu-se um debate sobre se o marxismo poderia conceber uma teoria da justiça, debate este que estava ligado ao renascimento da filosofia política normativa. Muitos argumentavam que era difícil fazer uma teoria da justiça marxista pois Marx via a “justiça” como uma construção ideológica burguesa para justificar a exploração (salário contratual). Contudo os marxistas analíticos, liderados por Gerald Cohen, defendiam que a teoria marxista teria o foco no igualitarismo. Era um compromisso com a filosofia política e moral, com o objetivo de combater as injustiças mercantis e construir uma verdadeira igualdade. Cohen manteve esse discurso nos seus livros: Self-Ownership, Freedom and Equality (1995) e If You're an Egalitarian How Come You're So Rich? (2000). Cohen critica o capitalismo por um novo ângulo. Ao contrario de Marx, ele não considera que o capitalismo é injusto porque os empregadores “roubam” o trabalho dos empregados – a mais valia -, mas sim porque é um sistema que a autonomia é violada, existe uma distribuição errada dos encargos e benefícios. Para ele o conceito de auto-propriedade está alinhado ao principio da