Teoria da contabilidade ampla e o diagramde yu-enthoven|
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Teoria da Contabilidade Ampla e o Diagrama Yu-EnthovenCarlos Antonio De Rocchi Antonio Reske Filho
Resumo: No Brasil, as Teorias da Contabilidade desenvolvidas por Francisco D´Auria [em 1949] e Antônio Lopes de Sá [em 1992] são dominantes no ensino, pesquisa e legislação. Entretanto, a partir de 1964, tal importância decresceu no que se refere à regulamentação da contabilidade e legislação fiscal, devido à uma crescente popularização da Teoria de Contabilidade sugerida por Eldon S. Hendriksen, que vem sendo promovida por acadêmicos ligados à Universidade o São Paulo [USP]. As teorias desenvolvidas por Francisco D´Auria e Antonio Lopes de Sá foram criadas a partir da estrutura teórica da “Escuola Patrimonialista” criada pelo teorista italiano Vicenzo Masi em 1927. E é necessário reconhecer que a Doutrina Patrimonialista alcançou grande aceitação no Brasil, muito maior e mais ampla que na Itália. Mas cabe também observar que tal popularidade se deveu em grande parte à falta de outras estruturas referênciais teóricas. O desenvolvimento da Contabilidade, nos países lusófonos, sempre se caracterizou por um excessivo cientificismo, e isto frequentemente tem prejudicado o efetivo desenvolvimento da disciplina. Para muitos pesquisadores, a grande aceitação que as teorias de Jean Dumarchey (1933) e de Vicenzo Masi (1927) obtiveram no Brasil e em Portugal se devem a sua característica de atribuir à Contabilidade o status de ciência. O prematuro abandono da Sistematologia, proposta por Francisco D´Auria em 1949, pode ser atribuído, em grande parte, a essa visão [pseudo] cientificista da Contabilidade
Palavras chave: Contabilidade Ampla; Contabilidades Societais; Diagrama Yu-Enthoven; Sistematologia; Teorias Macro Contábeis.
1.– Introdução Até o final da primeira metade do século XX, a Contabilidade ignorou totalmente a