Teoria contabilidade
HISTÓRIA E TEORIA DA CONTABILIDADE
CONCEPÇÃO TRADICIONAL DA CIÊNCIA
Na antiguidade considerava-se que a ciência era todo o Saber independentemente da sua origem, podendo distinguir-se as Ciências reveladas (Teologia), especulativas (Filosofia), normativas (Ética, Política) e positivas (Física, Astronomia). Com o Renascimento a ciência passou por uma nova fase – a experimental, i.e., o conhecimento racional baseado na experiência, nesta incorporando-se a observação e a experimentação (Rocha, 1991: 14)3.
CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA DA CIÊNCIA
Ainda de acordo com Rocha (1991: 16-23), as três condições atrás referidas sobre a visão tradicional das ciências foram contestadas e deram lugar a uma outra concepção (contemporânea) da ciência, assente essencialmente nos seguintes pressupostos:
– A Ciência não é um conhecimento estritamente experimental;
– Muitas das leis só são válidas mediante determinadas condições e circunstâncias, idéias que nem sempre são exequíveis;
– Validade ou verdade são noções susceptíveis de ser controvertidas;
– A Ciência já não chama a si a verdade absoluta, definitiva e infalível;
– Duas verdades e duas falsidades podem-se contrapor;
– A Ciência nunca será um livro fechado.
CONTABILIDADE: CIÊNCIA, TÉCNICA OU ARTE ?
A Contabilidade surgiu como necessidade imperiosa de se criar um conjunto de processos práticos destinados a suprir a memória dos mercadores a partir do momento em que ela se mostrou incapaz de fixar e de reproduzir com absoluta fidelidade, em qualquer momento, as quantidades e valores das mercadorias por eles vendidas a crédito (Lopes Amorim, 1968: 9). Com o desenvolvimento das trocas comerciais e conseqüente aparecimento da moeda como instrumento que veio facilitá-las, a Contabilidade passou a assumir um papel cada vez mais importante. Por outro lado, o aparecimento dos sistemas de numeração escrita incutiu à Contabilidade uma importância extrema. Como referimos no capítulo introdutório, a