Tenis para cadeirantes
Em 2001, ao ser rejeitado a uma vaga de emprego por causa de sua dificuldade de locomoção, Martins entrou numa crise de depressão que o levou à quarta tentativa de suicídio, ao rasgar o pescoço com uma garrafa quebrada. “Percebi o preconceito das pessoas. Não fazia sentido viver”, explica. Com um quadro grave de depressão, Martins foi salvo por um amigo que o levou ao hospital, onde, além de curar os ferimentos, teve de fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico. “Mesmo assim, quando chegava sexta-feira eu não agüentava pensar que todo mundo estava se divertindo enquanto eu ficava em casa”, confessa.
Há três meses, no entanto, a vontade de desistir de tudo vem sendo substituída por uma crescente auto-estima. Martins conheceu o pólo de Ceilândia do Programa Inserir de Desenvolvimento do Tênis em Cadeira de Rodas e passou a praticar o esporte junto a outros cadeirantes. “Antes, pensava comig de aleijado já basta eu. Hoje, sei que