Tenda Dos Milagres
Uma obra de Jorge Amado
Em memória de
Rafael Mendes
Contexto Histórico
Ditadura Militar
Em 1968 é decretado o AI-5
É publicado, em outubro de
1969, Tenda dos Milagres
Queima dos livros de ideologia
“vermelha”.
Estrutura do Romance
Tempo cronológico, narrado em 3ª pessoa; formatado em novelas, subdividas em capítulos Duas narrativas complementares, montadas em encaixe de forma alternada:
A história de Archanjo de 1868 até 1943
A história da construção da figura de Pedro
Archanjo - etnólogo e ojuobá – pelo sábio
James D. Levenson que se passa em 1969.
“Absolutamente se não descobriu até hoje, malgrado as asseverações fantasistas e gratuitas em contrário, não diremos um testemunho, mas uma simples presunção que autorize a contar quer o índio, quer o negro, como fatores da nossa literatura. Apenas o teriam sido muito indiretamente, como fatores da variedade étnica que é o brasileiro. Mas ainda assim a determinação dos elementos com que cada um deles entrou para a formação da psique brasileira, e portanto das suas emoções em forma literária, é impossível, se não nos queremos pagar de vagas palavras e conceitos especiosos.
Há bons fundamentos para supor que os primeiros versejadores e prosistas brasileiros eram brancos extremes e até de boa procedência portuguesa. É portanto, o português, com a sua civilização, com a sua cultura, com a sua língua e literatura já feita, e até com o seu sangue, o único fator certo, positivo e apreciável nas origens da nossa literatura.”
(VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira de Bento Teixeira (1601) a
Machado de Assis (1908). Rio de Janeiro, 1915.)
“O darwinismo social inerente a esse debate passa pelo evolucionismo e o imperialismo. ‘A partir do conceito de – inferioridade – racial, para realizar uma exploração intensa, as potências colonialistas têm buscado uma série de pretextos jurídicos e religiosos para legitimar sua atitude. (...) O desprezo pelo índio e negro tem sido