Bipolar
Anticonvulsivantes e antipsicóticos no tratamento do transtorno bipolar
Anticonvulsants and antipsychotics in the treatment of Bipolar Disorder
Ricardo Alberto Moreno,a Doris Hupfeld Moreno,a,b Márcia Britto de Macedo Soaresa,b e Roberto Ratzkea,b a Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (GRUDA) - Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) b Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Resumo
O transtorno bipolar é uma condição médica complexa e até o momento não há um tratamento único comprovadamente eficaz no controle de todos aspectos da doença. Foram revisadas a literatura disponível sobre o uso de anticonvulsivantes (valproato, carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina, gabapentina, topiramato, clonazepam) e antipsicóticos atípicos (clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona e aripiprazole) no tratamento agudo e profilático do transtorno bipolar. Existe um acúmulo de evidências acerca da eficácia do lítio na profilaxia e de ser melhor no tratamento da mania aguda do que nos episódios depressivos.
Outros dados indicam que a carbamazepina e o valproato são eficazes na mania aguda. A lamotrigina parece reduzir ciclagem e ser eficaz em episódios depressivos. Baseado nas informações disponíveis, as evidências apontam a olanzapina como o antipsicótico atípico mais apropriado no tratamento de pacientes bipolares em mania, embora existam estudos sugerindo a eficácia da risperidona, aripiprazol e da clozapina. Resultados preliminares avaliando a eficácia de ziprasidona e quetiapina no transtorno bipolar ainda são bastante limitadas. Não há dados consistentes apoiando o uso profilático dos novos antipsicóticos.
Descritores: Transtorno bipolar/quimioterapia; Agentes antipsicóticos/uso terapêutico; Anticonvulsivos/uso terapêutico
Abstract
Bipolar disorder is a complex medical condition, and up