Tempos Modernos
Na primeira metade do século XX, em 1936, o mundo conhece uma das obras mais geniais de Charlie Chaplin, o último filme mudo produzido por ele, Tempos Modernos. A película através do anti-herói tragicômico Carlitos, representando o trabalhador industrial do chão da fábrica, traduz com um humor crítico a situação vivida pela maioria da população dos Estados Unidos devido ao período histórico que ficou conhecido como “A Grande Depressão” (1929-1941), período este ocasionado por uma das maiores crises mundiais o crack (quebra) da Bolsa de Valores de Nova York.
A Grande Depressão ficou marcada pelo desemprego em massa, a queda do PIB (produto interno bruto), foi um período em que houve enormes dificuldades enfrentadas principalmente pela camada mais baixa da sociedade, as pessoas não tinham esperanças via-se mergulhadas em um grande buraco na busca da sobrevivência, isso ocasionou um aumento das mazelas sócio-econômicas como a desnutrição, doenças, superpopulação e até mesmo fome. Esse momento não poderia deixar de estar representado através das artes e foi justamente o que Chaplin vez.
O filme Tempos Modernos relata em seu primeiro momento a forma de trabalho nas indústrias daquela época, havia uma distância hierárquica enorme entre o gestor e o operário, os quais não tinham uma relação direta. Logo no início é possível perceber está unidade de comando, no qual as ordens partem de cima para baixo, o presidente manda aumentar a velocidade das máquinas sem ao menos se preocupar com a capacidade dos operários em produzir, pois o seu interesse não estava voltado à situação destes, como em todo sistema capitalista a maximização dos lucros era o que o motivava, a busca de resultados cada vez maiores.
A maneira de se produzir nos remete ao sistema da produção em massa idealizada por Henry Ford, na qual cada funcionário ficava responsável por uma única etapa da produção. A linha de montagem móvel como nos mostra Charlie Chaplin estabelecia um ritmo