Tempos modernos
Carlitos era empregado de uma indústria baseada no fordismo, na qual os trabalhadores eram submetidos a um grande esforço físico, mental e emocional. Afinal, os operários trabalhavam de modo excessivo, sempre com os mesmos movimentos, eram tratados como animais e vigiados o tempo todo.
Uma parte do filme que deixa evidente o esforço para a redução de tempo na execução das tarefas e a tentativa de aumentar a produção e o trabalho dos operários, mostrando uma característica forte do modelo fordista, foi a invenção de uma máquina que alimentava automaticamente os funcionários.
O personagem chega ao ponto de não conseguir desempenhar outra função, preferindo ficar preso na cadeia para ter uma vida mais tranquila. A única cena do filme que Carlitos consegue ser ele mesmo é na hora de dançar, visto que é um momento de liberdade e de fazer o que realmente gosta.
O filme também faz uma crítica bastante forte em relação à desigualdade entre as classes sociais, em que os pobres produziam para os ricos. Cenas em que Carlitos trabalha como vigia noturno de uma loja e cuidava de uma menina sem família, mostrava um pouco dessa desigualdade.
Percebemos nos dias atuais, apesar das melhorias dos direitos dos trabalhadores, que a desigualdade social ainda faz parte da vida de muitas pessoas, pois o desemprego, a fome e a exploração continuam. Greves e protestos aparecem todos os dias espalhados pelo mundo, mostrando que o ser humano está tentando sobreviver ao mundo moderno e industrializado até hoje.
Tempos Modernos é um clássico da comédia e do cinema mudo. Charles Chaplin retratou com criatividade a situação que os trabalhadores enfrentaram nos primeiros tempos da Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor desencadeou uma revolução tecnológica mas também modificou hábitos, costumes e valores humanos.
Filmado em