Templo Akshardam- Nova Delhi
1905 palavras
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Para os adeptos da tradição ocidental, podem parecer, à primeira vista, exagerados e sensuais; porém, mesmo estes, vão apreciando seu refinamento. Caracterizam-se também por um grande sentido do desenho, patente tanto nas formas modernas quanto nas tradicionais. A cultura indiana costuma manifestar volúpia com uma liberdade de expressão não habitualA arte da Índia pode ser compreendida e julgada no contexto das pretensões e necessidades ideológicas, estéticas e rituais da civilização hindu. Tais pretensões se fixaram já no século I a.C. e têm exibido notável tenacidade ao longo dos séculos. A visão hindu-jaino-budista do mundo depende da resolução do paradoxo central de toda a existência, segundo o qual a mudança e a perfeição, o tempo e a eternidade, a imanência e a transcendência, funcionam como partes de um único processo.
Assim, não se pode separar a criação do criador e o tempo deve ser entendido como uma matriz da eternidade. Este conceito, aplicado à arte, divide o universo da experiência estética em três elementos distintos, ainda que relacionados entre si: os sentidos, as emoções e o espírito. Estes elementos ditam as normas para a arquitetura, como instrumento para fechar e transformar os espaços, e para a escultura, em termos de volume, de plasticidade, de modelagem, de composição e de valores estéticos. No lugar de representar a dicotomia entre a carne e o espírito, a arte hindu, por meio da sensualidade e da voluptuosidade deliberadas, funde ambas, através de um complexo simbolismo que, por exemplo, transforma a carnalidade de um corpo feminino num mistério perene de sexo e de criatividade, no qual a momentânea esposa se revela como a mãe eterna.
A arte indiana manifestada na arquitetura, na escultura, na pintura, na joalheria, na cerâmica, nos metais e nos tecidos estendeu-se por todo o Oriente com a difusão do budismo e do hinduísmo e exerceu uma grande influência sobre as artes da China, do Japão, da Birmânia, da Tailândia, do Camboja e de