Tempestade de ideias
1.1) Superar o solipsismo – a filosofia clássica do sujeito o transformou em um princípio supremo dado seu enfoque no Eu.
1.2) Lévinas quer pensar uma subjetividade plural – mantém a ambos separados, sem formar uma totalidade – noção socializadora do sujeito.
1.3) Nova forma de humanismo – “humanismo do outro homem”. Como o sujeito rompe com o ser, uma subjetividade aut~entica só pode surgir com essa ruptura. Mônada.
2) Não seria possível um saber que não tenha de se fundar na consciência de si?
2.1) Esta coincidência do eu consigo mesmo totaliza no eu tudo o que não é ele e assim destrói qualquer possibilidade de transcendência. Como garantir a possibilidade de comunicação com o outro, se tudo volta sempre ao mesmo, ou coincide numa unidade.
2.2) A subjetividade que Lévinas propõe é pensada como ruptura com o ser, não identidade a si mesmo, nem fechamento sobre si.
2.3) A busca do outro é uma partida sem retorno – como a de Abraão – que parte rumo ao desconhecido sem jamais retornar ao ponto de partida. Comparar com a Odisséia.
2.4) Pensar o sujeito a partir de uma abertura que rompa com a estrutura em que ele foi sempre pensado. Encontrar uma forma de “evasão”.
2.5) A acusação mais freqüente que se faz a filosofia ocidental é a de ter apagado as diferenças entre os seres colocando-os na Categoria do Mesmo.
3) Subjetividade e corporeidade – é a corporeidade que permitirá a Lévinas descrever a subjetividade outramente.
3.1) Dois termos aparecerão desde as primeiras obras para designar a subjetividade: a hipóstase e o il y a. O il y a designa um estado de impessoalidade do ser em que ele ainda não tomou forma pessoal.
3.2) Trata-se da existência ainda não contraída pelo existente, um estado de anonimato – metáfora: ausência total de luz, como a experiência da noite.
3.3) Nesse estado o eu se acha despersonalizado, privado de sua própria subjetividade. Estado de