Temas B- Maias
Este episódio constitui uma sátira à sociedade burguesa da época,que vivia da aparência. A ânsia de ser tão ou mais chique do que a nobreza estrangeira levou-os à precipitada construção de um hipódromo, na tentativa de copiar os demais burgueses. No entanto, quer a assistência, quer a própria estrutura não passava de um improviso, onde em vez de predominar a classe, predominavam a pancadaria e o comportamento grotesco. A assistência não conseguia escolher a indumentária apropriada à ocasião, o que acabou por criar uma situação um tanto quanto constrangedora. Este episódio é também importante para a intriga principal, pois Carlos saiu vitorioso em todas as apostas, o que sugere um futuro azar no amor.
A intemporalidade dos Maias
Os Maias escrito por Eça de Queirós no final do século XIX é uma obra intemporal.
Na obra utilizam-se personagens-tipo para criticar a elite lisboeta como forma de “atingir” toda a população portuguesa.
Relativamente ao conteúdo que é criticado, divide-se entre “o parecer e o ser”, a influência da educação, os costumes nacionais, a gestão financeira e a falta de atitude no que diz respeito aos valores.
Concluímos então que esta intemporalidade se deve ao facto de toda a história e as respectivas críticas feitas ao longo desta continuarem a ser aplicadas hoje em dia.
Título e subtítulo O título “Os Maias” liga-se à história trágica que serve de pretexto para o desenvolvimento da comédia de costumes que o subtítulo “Episódios da vida Romântica” sugere. O título e o subtítulo aparecem em planos paralelos, sendo igualmente importantes. O título apresenta a história de três gerações da família Maia. Afonso, filho de Caetano, casou-se com Maria Eduarda Runa, tendo um filho, Pedro. Este casou-se com Maria Monforte (intriga secundária). Deste casamento resultaram Eduarda e Carlos Eduardo (intriga principal). Relativamente ao subtítulo, o autor, realista, utilizou personagens-tipo da