teeteto

TEETETO

No Teeteto encontramos um diálogo, onde a questão proposta é “ O QUE É O CONHECIMENTO”, e Sócrates como um filho de parteira, propõe-se a servir de parteiro ao jovem Teeteto, e assim ajudá-lo a parir de dentro de si a resposta para o que é o conhecimento.
Em primeiro é a questão de que o conhecimento consiste em coisas como a geometria e a carpintaria, mas isso não serve como definição, pois a palavra conhecimento teria de ser usada se tentássemos dar definições de matemática e carpintaria, e o que Sócrates está à procura é aquilo que serve a todos os tipos de conhecimento, uma única definição.
A seguir Teeteto propõe que o conhecimento é a percepção, pois ao conhecer-se algo é ter contato com ela por meio dos nossos sentidos.
Mas Sócrates contrapõem afirmando que o sentir das pessoas difere, pois cada uma pode sentir a mesma coisa de forma diferente, logo se o conhecimento é percepção sensorial, teremos de aceitar a doutrina de Protágoras, segundo a qual aquilo que parece é verdadeiro, ou pelo menos aquilo que parece a uma pessoa específica é verdadeiro para esta pessoa.
Após afirmativas de Sócrates de que o conhecimento não reside nas impressões sensoriais, mas a reflexão que alma faz sobre elas, Teeteto abandona a tese de que o conhecimento é a percepção e propõe que ela consiste nos juízos da alma que reflete.
Sócrates por sua vez concorda com esta mudança de direção. Pois segundo ele quando a alma pensa é como se estivesse a dialogar com ela própria, e quando conclui seu debate interno consigo própria e produz silenciosamente uma resposta, isto é um juízo.
O conhecimento não pode ser identificado com a capacidade produzir juízo, pois existem juízos falsos e verdadeiros, pois a possibilidade dos juízos falsos parecem querer enganar-nos com a necessidade admitirmos que alguém pode saber e não saber a mesma coisa ao mesmo tempo.
Sócrates sugere que a alma é um bloco de cera, e quando queremos gravar algo inscrevemos uma impressão ou uma