Tecnóloga
Esta proposta de trabalho tem como objetivo determinar a visão sobre fronteira que será abordado ao longo o semestre na criação das imagens que representem tal ideia. Para isso, em primeiro lugar, estudemos uma de nição sobre fronteira particular para este projeto. A de nição mais básica de fronteira que pude ver em um dicionário a determina como “o que separa duas coisas distintas ou contrárias”. No entanto, quando falamos de seres humanos, é impossível que as pessoas separadas pela fronteira não possuam nenhum tipo de relação entre si. Esta fronteira da qual falaremos é mais ilusória do que real, criada por nós mesmos como uma espécie de refúgio. Ao observar a metrópole, podemos notar a impessoalidade nas relações sociais. Geralmente estamos cercados por uma multidão de pessoas nas regiões centrais da cidade mas, apesar disto, nossa tendência é de carmos cada vez mais isolados. Se, por um lado, esta individualidade, vinculada à ideia de liberdade e igualdade, pode ser vista como algo positivo dentro da vida metropolitana, por outro podemos pontuar algumas das doenças sociais que são frutos dela. A indiferença, o egoísmo, o narcisismo são alguns destes sintomas destrutivos. Este projeto vai tratar justamente desta individualidade e impessoalidade nas relações sociais, principalmente quando tal relação se dá entre desconhecidos. Nos afastamos de quem não conhecemos. Somos indiferentes à vida e história das milhares de pessoas que passam ao nosso lado na rua ou se espremem conosco em um trem lotado. Sempre que é possível, nos afastamos também sicamente. Existe um limite que não pode ser ultrapassado. Penso que até por isso que seja tão desconfortável estar em um ambiente lotado no qual este espaço não pode ser respeitado. Quero retratar este espaço que delimita a fronteira entre dois desconhecidos, o espaço que é símbolo desta impessoalidade nas relações sociais em uma metrópole. Desta forma, quero iniciar uma discussão