Tecnécio 99
Radiofármacos são fármacos radioativos utilizados no diagnóstico ou tratamento de patologias e disfunção do organismo humano. Vários radioisótopos são utilidazados na preparação de radiofármacos, entre os quais o Tecnécio-99m (99mTc), que apresenta características ideais para aplicação na Medicina Nuclear Diagnóstica. Após administrado no paciente, o radiofármaco deposita-se no órgão ou tecido alvo e imagens podem ser adquiridas a partir da detecção da radiação proveniente do paciente, utilizando-se equipamentos apropriados. Trata-se de um procedimento não invasivo, que possibilita avaliações anatômicas e funcionais. O radionuclídeo Tecnécio-99 é obtido á partir do decaimento do Molibdênio-99m (elemento pai), podendo ser facilmente disponibilizado no ambiente hospitalar, a partir de geradores de 99Mo – 99mTc.
O diagnóstico na Medicina Nuclear é útil na detecção de: * Tumores; * Aneurismas (pontos frágeis nas paredes dos vasos sanguíneos); * Circulação sanguínea irregular ou inapropriada em diversos tecidos; * Distúrbio nas células sanguíneas e funcionamento inadequado dos órgãos, como deficiência na tireoide e funções pulmonares;
O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento. A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado na CNEN em São Paulo, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Porém esse reator não tem capacidade para produzir molibdênio 99, que dá origem ao Tecnécio 99, utilizado em mais de 80% dos 1,5 milhão de procedimentos de Medicina Nuclear realizados anualmente no país.
A CNEN importa atualmente todo o molibdênio-99. Em maio de 2009, com a paralisação do reator canadense que é o principal fornecedor do Brasil, juntamente com a interrupção de funcionamento de reatores na Bélgica e Holanda, houve uma crise mundial no fornecimento deste radioisótopo. O Brasil buscou alternativas de importação na Argentina, África do Sul e Israel, mas a área de