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A difícil equação para manter as metas de crescimento e a inflação sob controle faz com que a equipe econômica do governo mantenha-se sempre alerta. A CNI reduziu no início deste mês a projeção feita no início do ano da meta de crescimento do PIB de 2013 de 4% para 3.2%¹. É bem provável que as frequentes reavalizações para baixa da taxa de crescimento do PIB tenham feito com que o COPOM, após três reuniões consecutivas com a manutenção da taxa básica de juros em 7,25%, elevassem a taxa para 7.50% na última reunião de abril de 2013.
Analistas de mercado acreditam que ainda na próxima reunião haverá uma elevação, mas não há de se esperar uma elevação muito alta, pois como dito anteriormente, estamos num ano que antecede eleições e quaisquer medidas restritivas são cautelosas, apesar do ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmar em entrevista na reunião do FMI que participa em Washington, que a alta de juros não afetará o nível de investimentos no Brasil².
O fato é que a inflação consome o ganho de todo o cidadão, desde o mais humilde trabalhador até o lucro da maior empresa, mas o seu combate através da alta de juros faz com que o crédito fique caro, o que gera uma diminuição no consumo. Em contrapartida, há a desaceleração da produção da indústria, diminuição do volume de consumo de bens e serviços o que leva a demissões. Enfim, uma reação em cadeia. Se deixar o monstro solto ele cresce e consome tudo, se não dosar o veneno, o efeito pode ser desastroso.
(1) http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/04/03/industria-reduz-projecao-de-expansao-do-pib-para-32-em-2013.htm
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