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A preocupação do Brasil com os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) vem ganhando destaque na agenda política de ciência, tecnologia e inovação há algum tempo, pois a sociedade está se tornando mais exigente em relação ao retorno social do gasto público. Assim, fica fácil perceber que a inovação está no desenvolvimento de uma pesquisa aplicada ao mercado visando à criação de políticas que estimulem o crescimento econômico do País. De qualquer forma, apesar do avanço na conscientização dos empresários e pesquisadores sobre a importância da aproximação entre esses setores para o desenvolvimento do País, o quadro brasileiro tem se alterado muito pouco.
2 TECNOLOGIA NO BRASIL AINDA TEM LONGO CAMINHO A PERCORRER
Em 1980, os pesquisadores brasileiros publicaram algo em torno de 1,9 mil artigos em periódicos científicos indexados e os sul-coreanos apenas 230. No mesmo ano, o Brasil registrou 23 patentes nos Estados Unidos, contra 13 da Coréia do Sul. Vinte anos depois, o quadro mudou bastante.
A produção científica brasileira não fez feio com os 9,5 mil artigos publicados em 2000, ainda que a contabilidade dos coreanos tenha sido melhor: 12,2 mil publicações. Mas no quesito patentes registradas nos Estados Unidos a derrota brasileira foi fragorosa: 98 contra 3.300.
As razões da arrancada asiática em direção à inovação já são bastante conhecidas: investimentos em educação, políticas públicas adequadas, incentivos fiscais, entre outras. Mas, no quadro comparativo, chama à atenção a discrepância entre os resultados da produção científica