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A pesquisa nas organizações, objeto de estudo em diversas áreas, entre estas a Engenharia de Produção e a Administração, engloba relações de caráter social e humano e vem se desenvolvendo e destacando, de maneira significativa, por estudos que valorizam o emprego de métodos quantitativos para descrever e explicar fenômenos. Observa-se, porém, que, mais recentemente, a abordagem qualitativa surge, nesta área, como promissora possibilidade de investigação (GODOY, 1995; NEVES, 1996). No campo dos estudos organizacionais, podem-se utilizar diversas abordagens metodológicas, tanto de caráter quantitativo como qualitativo. Observe-se, entretanto, que a escolha de um ou outro tipo deve estar associada ao objetivo da pesquisa e que ambos apresentam características específicas, vantagens e desvantagens. Por outro lado, muitas vezes, pode-se fazer uso de diferentes métodos de forma combinada, recorrendo-se a mais de uma fonte para coleta de dados, aliando-se o qualitativo ao quantitativo (FREITAS et al., 2000). Este estudo visa apresentar a pesquisa-ação como possibilidade para a realização de pesquisas em estudos organizacionais. Pretende-se, ainda, a partir dos pressupostos das abordagens quantitativa e qualitativa e suas características, destacar o questionamento acerca da escolha de uma ou outra abordagem e, por fim, justificar a utilização de ambas como forma de se atingir o objetivo de uma investigação. A abordagem qualitativa tem se afirmado como promissora possibilidade de investigação em pesquisas realizadas na área da educação. Uma pesquisa com essa abordagem caracteriza-se pelo enfoque interpretativo. Desse modo, as técnicas de investigação não constituem o método de investigação. A pesquisa qualitativa observa o fato no meio natural, por isso é também denominada pesquisa “naturalística” (ANDRÉ, 1995, p. 17). Trata-se de gerar dados aproximando-se da perspectiva que os participantes têm dos fatos, mesmo que não possam