Tecido músculo esquelético
O músculo estriado esquelético é formado por feixes de células cilíndricas muito longas e multinucleadas. Os núcleos se encontram na periféria da fibra, logo abaixo da membrana plasmática. Essas células ou fibras têm contração rápida e vigorosa e estão sujeitas ao controle voluntário. Variam de diâmetro de 10 a 100 µm e o comprimento pode chegar até 10 cm, sendo variável, na dependência da arquitetura do músculo, e se originam no embrião pela fusão de células alongadas, os mioblastos.
O citoplasma, denominado sarcoplasma, possui um citoesqueleto altamente desenvolvido, constituído sobretuto por elementos contráteis, denominados miofibrilas. Essas estruturas são cilíndricas, apresentam cerca de 1 a 3 µm de diâmetro e se estendem por todo o comprimento da fibra, ficando alinhadas a miofibrilas adjacentes.
As miofibrilas apresentam estriações transversais decorrentes da organização das proteínas contráteis em uma série de unidades idênticas, os sarcomêros, que constituem a unidade fundamental da fibra muscular. Este arranjo ordenado das miofibrilas é responsável pelas estriações transversais (faixas escuras e claras que se repetem a cada 2 a 3 µm), observadas na microscopia de luz.
As estriações transversais das fibras musculares esqueléticas ocorre pela alternância de faixas escuras denominadas bandas A (anisotrópicas a luz polarizada) e faixas claras denominadas bandas I (isotrópicas a luz polarizada). No centro da banda A, nota-se uma fina faixa mais clara, a banda H, formada apenas por filamentos espessos. Na região central da banda H, temos a linha M, formada por um arranjo hexagonal das proteínas miomesina, proteína M e creatina quinase, que ligam filamentos espessos adjacentes. A banda I é dividida por uma linha escura, o disco Z. A região da miofibrila, localizada entre dois discos Z, forma um sarcômero, com 2,5 µm de comprimento. A banda I é constituída apenas por filamentos finos, que se estendem da linha