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O uso de novas tecnologias na produção de documentários

A chegada de um trem em uma estação foi um dos primeiros filmes exibidos no final do século IXX, pelos irmãos Lumiére. As imagens em movimento causaram interesse e espanto . Hoje, os mesmos sentimentos são causados pela vasta quantidade e variedade de conteúdos disponíveis e pela facilidade de acesso e produção destes.
Esta nova realidade de produção/distribuição/exibição surge ao mesmo tempo em que a democratização do acesso à Internet de banda larga, que permite a transmissão de maior quantidade de dados, aliada a novas interfaces de visualização, possibilitam avanços na qualidade visual e sonora. Conforme o que afirmou, na década de 60, o professor canadense Marshall McLuhan em seu livro “Os meios de comunicação como extensões do homem”, os meios de comunicação habilitam o homem a diminuir distâncias e a se inserir numa nova dimensão de tempo e espaço, a cada novo avanço da tecnologia.
Indiscutivelmente, a mídia eletrônica do novo milênio proporciona uma velocidade incomparável para a transmissão de notícias e de informações as mais variadas, facilitando enormemente a vida dos profissionais da Comunicação de massa dos homens de negócio e dos governantes.
As vantagens criativas que a tecnologia digital oferece são enormes, possibilitando uma maior liberdade de expressão (...), ao mesmo tempo em que permite integrar num mesmo sistema os procedimentos de produção em cinema, vídeo e televisão. (MASSAROLO, 2001, p. 03)
Dados de mercado da Agência Nacional de Cinema (Ancine) apontam que a produção brasileira de documentários aumentou nos últimos anos. Em 2007 foram lançados 32 documentários no circuito comercial, número bem superior aos três lançados em 1995. No festival mais importante do gênero no Brasil, o É Tudo Verdade, o número de títulos nacionais inscritos pulou de 45, em 1995, para 480, em 2007. Esse boom do documentário pode ser creditado às novas tecnologias digitais que torna possível