teatro
FERNADES, S. A Cena em Progresso. In : FERNANDES, SÍLVIA. Teatralidades Contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 37-41
“Depois de Performance como Linguagem, estudo de Renato Cohen publicado em 1989, Work in progress na Cena Contemporânea vem preencher uma lacuna que persiste em nossa biografia teatral, pois ainda são poucos os estudos que se arriscam no território movediço da contemporaneidade, onde o pesquisador, mergulhado ate o pescoço, sobre os mesmos sobressaltos do seu objetivo” p 37
“No caso de Cohen [...] o aparente perigo é parte da gênese criativa [...] A epifania na cena é, em qualquer dos casos, a meta do criador” p 37
“A fala disforme, o gesto avesso, a cena assimétrica e disjuntiva, a colagem estranha, talvez componham as vicissitudes necessárias de uma arte que recusa a forma acabada e faz sua ontologia no território obscuro da subjetividade.” p 38
“[...] indiscerníveis, o elogio da desarmonia, emprestado de Dorfles, é feito em proveito de uma operação criativa de hibridação e superposição de conteúdo e gêneros, em que os paradigmas emergem para imediatamente se contaminarem num movimento que, em vários sentidos, tem semelhanças com a teoria do caos.” P38
“O campo da cena contemporânea, com seus vários nomes de batismo – parateatro, performance, dança-teatro, instalação, arte como veiculo-, resulta nessa devastação” p38
“A abstração contida nesse processo de analogias sucessivas, que envolve artistas tão diferentes, é notável se pensarmos no quanto a cena é concreta, no esforço necessário o seu descarnamento , que a teoria reflete em grau maior” p38
“Neste caso, desteatralizar a cena não tem por objetivo chegar a vida [...]mas a sua qualidade sensível e anímica. A opção pelo irracional e o apelo ao inconsciente são tentativas desesperadas de acesso aquilo que [...] podemos sem medo chamar de alma.” P38-39
“ [...] é claro que o artista sabe dos riscos que corre. A incompreensão é o primeiro deles. As