Teatro sacro
Quanto aos espetáculos públicos, justamente por ter a Igreja adquirido o monopólio sobre a Educação e a Cultura, cantores e comediantes começaram a apresentar-se nos mesmos círculos surgindo, então, a figura do Menestrel. Este, além de poeta e cantor, era músico, dançarino, dramaturgo, palhaço e acrobata. Cantava romances, cantigas de gesta épicas ou míticas.
A mais célebre das canções de gesta (séculos XI e XIV) é A Canção de Rolando, ligada aos ciclos das aventuras de Carlos Magno e seus doze pares. Os dois poemas heróicos Gesta de Guilherme de Orange e A Canção de Jerusalém celebram os grandes feitos das Cruzadas.
Os primeiros romances foram escritos em versos e eram lidos pelas damas solitárias com os olhos marejados de lágrimas enquanto aguardavam a volta de seus esposos guerreiros. O mais célebre é Tristão e Isolda.
Os menestréis como ocorreu com os cantores da Corte nos séculos VIII e IX, acabaram por sofrer a hostilidade do clero, e a partir dessa época se tornaram errantes e vagabundos, passando a procurar seu público nas estradas e feiras, percorrendo pequenas cidades e vilas. Nasceu então o Teatro Ambulante, onde, por muitas vezes, as marionetes substituíam os atores.
A Igreja passou a obrigar os que festejavam as datas católicas a apresentarem peças onde os Pecados Capitais apareciam sob a forma de demônios horrendos. Isso fazia com que o teatro se tornasse apavorante, com traços rústicos de tragédia, comédia e farsa. Como os espetáculos se confundiam algumas vezes com os ofícios religiosos, suas representações eram realizadas no pórtico ou dentro das igrejas.
Os Autos Sacramentais que passaram a imperar eram montados em carroções, com complicados cenários cuja finalidade era proporcionar a ilusão dos milagres e