TCC - serviço social vulnerabilidade social infantil
Este artigo tem por objetivo problematizar a condição de vulnerabilidade social vista como propulsora de políticas públicas. Entendemos vulnerabilidade social como uma posição de desvantagem frente ao acesso às condições de promoção e garantia dos direitos de cidadania de determinadas populações. Para realizarmos este estudo, trabalhamos com crianças e adolescentes atendidas pelo RASC.
Através de observações participantes realizadas no módulo básico deste programa, desenvolvemos discussões utilizando textos e vídeos que refletem temas do cotidiano. As análises desses registros foram fundamentadas na abordagem da produção de sentidos de determinados discursos, os quais, a partir de marcas identitárias, inscrevem jovens como vulneráveis. Deste modo, questionamos ações de programas sociais que, ao entenderem a priori os jovens como vulneráveis, podem atuar restringindo as possibilidades de promoção de vida, ao invés de oportunizar a produção de novos modos de subjetivação.
Fatores Sociais
De acordo com Barriguete (2007, p. 174), as relações que a criança constitui com seu meio dependem de suas características individuais e dos seus agentes sociais, que ela divide em três segmentos, a família, a escola e a sociedade. “As influências transmitidas pela família, pela escola e pela sociedade são básicas para que o sujeito alcance uma estabilidade comportamental e um nível de maturidade adequado que o torna um ser autônomo e responsável.”
Uma relação familiar estável e equilibrada pode definir o clima afetivo que irá determinar o processo de socialização infantil, de forma a estimular a adaptação da criança à sua fase escolar. Esses vínculos familiares adequados podem auxiliar ainda no desenvolvimento da motivação interior da criança, para que ela seja sempre encorajada a enfrentar novos desafios e conquistas. (BARRIGÜETE, 2007)
Em estudo realizado por Harland et al. (apud HALPERN & FIGUEIRAS 2004), foi enfatizada a relação entre os aspectos familiares e o risco