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O principal objetivo deste trabalho é a análise da educação de adultos e jovens que se encontram privados de sua liberdade, ou seja, encontram-se presos.
O aprendizado humano materializa-se nas relações que os homens estabelecem entre si e com o mundo, com sua realidade. “O homem, enquanto ser-em-situação, descobre a vida na experiência com o mundo e os outros homens. As relações dos homens, e deles com o mundo, é que definem os sentidos da realidade” (RUSCHE, 1997: 27).
Esta assertiva estende-se para o interior das prisões. A sobrevivência física, moral e intelectual dos indivíduos punidos requer um processo de socialização àquela realidade, o que significa ser o cárcere cabal nos processos educativos.
A prisão caracteriza-se por ser um sistema social próprio, com papéis que implicam em posições, privilégios, poderes e status. Ser e existir neste sistema requer um irrefreável processo de “socialização no mundo do crime” (RAMALHO, 1979). A orientação institucional das atividades identificadas com a reabilitação dos indivíduos punidos encerram-se nesta lógica de adaptação ao cárcere.
Nesta situação concreta da existência dos sujeitos apenados, mediados por ela, nas relações estabelecidas com seus pares e custodiadores, desprende-se, indubitavelmente, todo um processo educativo.
A educação de adultos e jovens presos, contudo, refere-se ao processo formal de educação presente no interior das instituições penitenciárias.
A organização social e institucional do sistema penitenciário, bem como os programas da operação carcerária para a reabilitação dos indivíduos punidos: vislumbrar, adequadamente, as possibilidades da educação formal nas prisões, apontando suas contradições, quando se tem em vista “uma educação que não descuide da vocação ontológica do homem, a de ser sujeito” (FREIRE, 1979: 66).
As ações da instituição penitenciária são organizadas de forma a desencadear a socialização dos indivíduos punidos neste sistema social. São processos que primam,