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Luis Adriano Scherer1
Em seu texto Fazer universidade: Uma proposta metodológica, publicado pela Cortez Editora em 1998, o professor Cipriano Carlos Luckesi aborda assuntos como: A história da universidade, desde a Antiguidade Clássica até os dias de hoje; o modelo de universidade que não queremos; e por fim, o modelo de universidade que queremos.
A história da universidade, em síntese, pode ser esclarecida dessa maneira:
- Antiguidade Clássica: os autores relatam que principalmente na Grécia e em Roma, a comunidade de discípulos que, ouvindo e refletindo, tentava, ao redor de seu mestre, conservar e transmitir a cultura, os saberes e encaminhar cada um dos seus membros a tornar-se especialistas. “Cada mestre conduzia a sua escola, fazia escola” (p. 30). As tumultuosas invasões bárbaras, entre os séculos V e X, interrompem esse processo de ensino superior.
- Idade Média: a universidade surge como órgão de elaboração do pensamento da época, identificada com sua cultura, centro de debates e discussões como também a exigência de seriedade, rigor e lógica na demonstração das verdades. O autor também explica que saindo do clima de debates, a universidade assume com a Renascença, uma postura de guardiã e defensora das verdades definidas e estáticas, para depois perceber que o conhecimento só evolui se é passível de crise, de questionamento. “Observamos que nessa época com o forte clima religioso, determinado pela Igreja Católica, gerava o dogmatismo, a imposição das verdades.” (p. 31).
- Brasil: os primeiros sinais da instituição da universidade brasileira aparecem com a marca européia da universidade napoleônica. Na década de trinta nasce, com Anísio Teixeira, a ideia de uma universidade centro livre de debates das ideias, que é sepultada pelo Estado Novo. Após o ano de 1960, segundo Luckesi, novamente ideias tomam corpo e ressurgem esperanças de uma universidade nova, livre, criadora, a Universidade de Brasília,