Tattwas do tantrismo

Origens e princpios cosmognicos do Tantra e suas relaes com a Ordem Manica Ir.. Mozart Leonardo Castilhone, M.. M.. CIM 269766 Loja Accia do Caminho Novo, n 2.739 1. Introduo H, pelo menos, 5.000 a.C., no noroeste da ndia, na regio do Vale do Indo, existiu uma civilizao que tinha como base de suas relaes a igualdade, a reverncia s artes, o amor, o respeito e a liberdade. Sabe-se disso, pois em escavaes realizadas no sculo XVIII, por um grupo de ingleses, revelaram a existncia de cidades muito avanadas, com avenidas largas, casas com propores semelhantes, o que indicava igualdade social e, duas coisas que mais chamaram a ateno dos arquelogos um sistema de iluminao nas ruas e outro de esgoto e gua encanada, coisa que s veio a existir na Europa em poca recente. Outro destaque das escavaes foi a no existncia de templos religiosos, mas simples altares dentro de cada casa, dando a entender que a reverncia a um ser supremo era permitida a todos, com igualdade entre seus pares. Esse povo foi chamado de drvida, ou civilizao dravdica. A mesma civilizao, hoje, pode ser encontrada no sul da ndia, na regio de Tamil Nadu, e em pases mais ao norte, como Buto, Mianmar e Nepal, porm com mais traos da miscigenao com os povos mongis e chineses. Foi no seio dessa civilizao que surgiu uma das mais belas filosofias comportamentais j existentes na humanidade. Ela se chama Tantra, termo cunhado, na verdade, por volta do sculo VII d.C., que significa teia, trama, urdidura. Esse conceito vem de uma analogia que diz que o Tantra to sutil que se deveria imaginar uma teia de aranha depois da chuva, quando podemos observar gotculas de gua que se assemelham a diamantes. Porm, ao tentar peg-los com as mos, a teia e os supostos diamantes se desfazem diante dos olhos, deixando o buscador ansioso a ver navios. Na verdade, uma histria at hoje contada para ensinar aos futuros adeptos desta linha comportamental que o Tantra deve ser encarado com respeito e estudado a fundo a fim