Tarifa Zero
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7˚ Período – Manhã
Cibercultura e Produção – Questões Contemporâneas
Prof. Dr. Eduardo de Jesus Luiza Therezo, Maria Fernanda Chicre e Natália Meira Tarifa Zero BH: O direito ao transporte é o direito à cidade O contexto Junho de 2013 chegou quente, rápido e certeiro, feito tiro de borracha. De norte a sul, o Brasil foi tomado por uma onda de protestos que levaram mais de um milhão de brasileiros às ruas. Os gritos que ecoaram pelas cidades durante as chamadas "Jornadas de Junho" eram diversos: alguns clamavam pela desmilitarização da polícia militar, outros contra o deputado Marco Feliciano, outros contra a PEC 37. Houve até quem pedisse impeachment da presidenta Dilma Roussef. O cartaz favorito da massa carregava o vago grito de ordem anticorrupção. A imprensa aproveitou dessa heterogeneidade de discurso para desmerecer e desqualificar o movimento que tinha sim um foco e um princípio fundamental: o direito ao transporte e o direito à cidade. De todas as demandas, cartazes, bandeiras, agendas e ideologias, o que deu início à essa onda e o que a coloca em movimento até agora é a questão da mobilidade urbana. Venâncio Lima afirma que "na lógica do paradoxo redes sociais versus velha mídia e de uma cultura política desqualificadora da política e dos políticos, é necessário observar como tem sido o comportamento da velha mídia na cobertura das manifestações." (LIMA, p. 92, 2003) A princípio, a reação foi de condenação, crítica e reprovação. Porém, com o passar do tempo, o fenômeno se difundiu e a velha mídia "alterou radicalmente sua avaliação inicial. Passou então a cobrir em tempo real os acontecimentos, como se fosse apenas uma observadora imparcial, que nada tivesse a ver com os fatos que desencadearam todo o processo." (LIMA, p. 92, 2003) O autor acredita que a velha mídia encontrou nas manifestações uma brecha para encobrir o seu "papel histórico de