Tantra - A Suprema Compreensão (Osho)
A Suprema compreensão transcende tudo isto e tudo aquilo.
A suprema ação contém grande produtividade sem apego.
A suprema realização é compreender a imanência sem desejo.
De início, o iogue sente que sua mente se está despencando como uma cascata; a meio curso, como o Ganges, ela flui, lenta e suavemente; ao fim, é um grande, um vasto oceano, onde as luzes da mãe e do filho fundem-se numa só.
Todos nascem livres, porém morrem em cativeiro. No início de tua vida és totalmente desprendido e natural mas, depois, entra a sociedade, surgem as regras e os regulamentos, a moralidade, a disciplina e muitos tipos de treinamento. Assim, o desprendimento e a naturalidade, bem como o ser espontâneo, estão perdidos. Cada qual começa a reunir em torno de si uma espécie de armadura. Cada qual começa a tornar-se mais rígido. A suavidade interior já não mais é visível.
Na fronteira do ser cada qual cria um fenômeno parecido a uma fortaleza para se defender, para não ser vulnerável, para reagir, para ter segurança: a liberdade de ser está perdida. Cada qual começa a olhar nos olhos do outro: sua aprovação, suas negações, suas condenações, suas apreciações vão se tornando cada vez mais valiosas. “Os outros” torna-se o critério e todos passam a imitar e a seguir os outros, porque todos temos de viver uns com os outros.
A criança é muito maleável, pode ser modelada de qualquer maneira e a sociedade começa a modelá-la: os pais, os professores, a escola. Aos poucos, ela se torna um caráter, e não um ser. Aprende todas as regras, ou se torna um conformista, o que também é cativeiro, ou se faz rebelde, o que é uma outra espécie de cativeiro.
Se transformar-se num conformista, ortodoxo, quadrado, estará presa a uma qualidade de cativeiro, pode reagir, tornar-se um hippie, ir ao outro extremo, mas ainda permanecerá preso a outro um tipo de cativeiro - porque a reação depende da mesma coisa contra a qual reage. Podes ir ao mais longínquo ponto