Cultura Religiosa
Não há forma mais propícia e contextual de iniciar a disciplina de Cultura Religiosa do que apresentar a riqueza e diversidade do fenômeno religioso que se faz presente nas mais diferentes expressões culturais da humanidade ao longo dos tempos. Crer ou não crer num poder transcendente, chamado comumente pelas religiões de Deus, ato que está ligado ao campo da fé e da experiência religiosa, é apenas um dos tantos aspectos no estudo da religiosidade humana, que, segundo atestam pesquisas antropológicas e sociológicas, parecem fazer parte da condição humana. É desse tema, existencial por essência, e que está impregnado nas bases culturais da nossa sociedade, que iremos tratar nesse primeiro capítulo.
Você já deve ter passado por alguma experiência Religiosa. Se não passou, alguém ao seu lado já deve ter contado algo que o levou a refletir sobre o assunto. Neste capítulo, vamos ver que a experiência religiosa é mais rica do que se imagina e é universal.
Paulo Augusto Seifert
Ronaldo Steffen
Douglas Flor
A religião tem estado presente no cotidiano através de diferentes manifestações. Pode-se, sem entrar em detalhes por ora, mencionar algumas áreas, alguns eventos e algumas práticas pessoais e sociais marcadas por ideias, ritos e símbolos consagrados ao campo religioso.
De uma forma bem simples, podemos reportar o leitor a algumas práticas familiares ligadas à tradição religiosa como o casamento, batismo, morte e velamento. São cerimônias religiosas tão tradicionais, que muitas pessoas acabam se envolvendo nelas sem se darem conta do aspecto religioso. Também é bastante comum ficarmos sabendo de pessoas doentes ou com problemas mais sérios que buscam ajuda divina como alternativa para a sua cura.
No esporte, estamos acostumados, marcadamente no futebol, com a cena de uma oração conjunta antes da entrada no campo. Numa decisão por pênalti, por exemplo, é comum a imagem de jogadores ajoelhados, rezando ou beijando sua santinha ou apontando os dedos para o céu