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Bem, muitos de nós – se não todos – estamos familiarizados com o discurso de que “as maiores mazelas da nossa sociedade podem ser, e um dia serão, resolvidas através da educação”. Pois bem, longe de considerar essa afirmação uma utopia, a Análise do Comportamento é uma ciência otimista que nos diz que a interação dos organismos no ambiente educacional não está predeterminada de maneira fatalista. Essa relação pode ser eficientemente construída, de maneira funcional. Dadas as condições adequadas, todo ser aprende. Não existe aluno-problema. Não existe professor-problema. Há uma relação professor-aluno. Há uma relação entre as condições de ensino, as características do aluno e as contingências arranjadas que pode ser inadequada. E o que apresentaremos aqui é um pequeno recorte das contribuições que a ciência do comportamento pode nos oferecer para a construção de um sistema de ensino mais eficiente e que realmente cumpra os objetivos a que se propõe.
A concepção de ensino
Tanto quanto aqui nos ocupa, ensinar é arranjar contingências de reforço. Entregue a si mesmo, em dado ambiente, um estudante aprenderá, mas nem por isso terá sido ensinado. A escola da vida não é bem uma escola, não porque ninguém nela aprende, mas porque ninguém ensina. Dado que: ensinar é o ato de facilitar a aprendizagem. Ora, é bem sabido por todos que quem é ensinado aprende mais e em menos tempo do que quem não é.
Mesmo admitindo que a aprendizagem ocorre mesmo sem ensino formal, Skinner defende que o planejamento de contingências adequadas aceleram o processo e podem mesmo gerar comportamentos que, de outro modo, nunca apareceriam. Nós não podemos simplesmente esperar que o nosso aluno se comporte de um dado modo para reforçá-lo. De um modo ou de outro, precisamos levá-lo a se comportar para que então possamos reforçar os comportamentos adequados. No entanto, é importante lembrar que: as contingências só podem ser arranjadas quando se tem clareza das mudanças