Tabalho sobre Jung
Cada vez mais conectadas à tecnologia, crianças e adolescentes causam apreensão quando passam a negligenciar estudo e lazer para ficar tempo demais na frente do computador; especialistas veem ''vício'' em games como indício de problemas.
Jogos eletrônicos já foram acusados de causar problemas como obesidade, déficit de atenção, timidez e agressividade excessivas. Outros estudos, porém, alardearam seus benefícios no desenvolvimento de noção espacial, habilidades visuais e motoras e no combate ao declínio mental que surge com a idade. A tecnologia, dizem especialistas, não é vilã nem mocinha. O segredo é o uso adequado. Mas, para pais de crianças e adolescentes da geração digital, isso nem sempre é algo fácil de definir.
Alex de Oliveira, de 13 anos, já se recusou a visitar o pai, em outra cidade, para não ficar longe do videogame. "O pai não deixa ele levar, pois acha que Alex já joga demais durante a semana", conta a mãe, Andréa de Oliveira, de 44 anos. Ela diz que tenta impor limites, mas tem dificuldade. "Nunca foi mau aluno. Então, fico sem argumento."
As angústias da administradora Angélica Bastos, de 33 anos, são parecidas. Ela reclama que a filha Gabriela, de 11 anos, deixa de brincar de patins e nadar com as crianças do prédio para jogar. No fim de semana, não quer passear com a família e, para onde vai, leva um videogame portátil a tiracolo. "Acho um exagero, mas não sei medir se isso a prejudica", diz.
A diferença entre o uso abusivo e o recreacional da internet e dos jogos eletrônicos ainda é um pântano mesmo para especialistas, diz o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Ambulatório dos Transtornos do Impulso do Hospital de Clínicas de São Paulo. Essa geração digital, diz ele, foi educada sob a perspectiva de estar conectada e tem características muito diferentes das anteriores. "Possuem mais amigos virtuais que reais. Preferem conversas online. Até seus bichos de