Tabaco
Já imaginou estar em casa assistindo TV com a família, em um dia de domingo, e ver um filme publicitário que traz o Cauã Reymond tragando um “Hollywood” e associando o ato a elegância e poder? Ou, até mesmo, estar no trânsito louco da cidade e se deparar com um outdoor que lhe apresente o Neymar fumando um “Marlboro” e relacionando isso a sua desenvoltura no esporte? Você pode considerar o fato um extremo absurdo, contudo era deste modo que a indústria do tabaco difundia o seu produto e as suas campanhas, antigamente.
Há mais de dez anos atrás era comum ver peças publicitárias exaltando o fumo nos meios de comunicação até então disponíveis. Tais propagandas eram constantemente relacionadas a personalidades públicas, apoio a estudos científicos, incentivo a prática de exercícios físicos, esportes radicais e a caubóis a cavalos, sempre agregando o uso do produto a sofisticação, charme e elegância.
Podemos citar como exemplo a “Camel”, antiga marca de cigarros americana, que trouxe em uma das suas peças publicitárias um médico que sugeria cigarros para as mulheres grávidas como uma alternativa para diminuir a pressão sanguínea. Malu
Mader, grande atriz brasileira, estrelou um comercial de cigarros que em uma praia com muito sol, dança, ritmo e amigos associava o prazer do momento ao prazer de tragar um
“Lark”.
Entretanto, após demasiados estudos científicos sobre os males causados pela composição do cigarro e por constantes campanhas antitabagistas, ficou cada vez mais explícito para a sociedade as consequências causadas pelo simples ato de tragar um cigarro. Tudo começou em 1996 quando as restrições para o setor iniciaram aqui no Brasil.
Neste ano, não só foi proibida a veiculação dos comerciais de rádio e televisão durante a noite, mas também foi estabelecida a obrigatoriedade da advertência sobre os perigos dos produtos nas embalagens e nas peças publicitárias. Contudo, esse foi apenas o princípio das