Sócrates
Detalhes sobre a vida de Sócrates derivam de três fontes contemporâneas: os diálogos de Platão, as peças de Aristófanes e os diálogos de Xenofonte. E que não há evidência de que Sócrates tenha ele mesmo publicado alguma obra.
Seu pai era um escultor especialista em entalhar colunas nos templos, e Fenarete, uma parteira (ambos eram parentes de Aristides, o Justo).
Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor, porém, muitas vezes seus amigos o zombavam, pela sua incapacidade de trabalhar o mármore.
Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de Delfos, como um grande educador, mas foi somente junto com a sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação.
A vocação: Sócrates concluiu que, de certa forma, ele também era um parteiro. O conhecimento está dentro das pessoas (que são capazes de aprender por si mesmas). Porém, eu posso ajudar no nascimento deste conhecimento. Concluiu ele. Por isso, até hoje os ensinamentos de Sócrates são conhecidos por maiêutica (que significa parteira em grego).
A maiêutica funcionava a partir de dois momentos essenciais: um primeiro em que Sócrates levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e teorias acerca de algum assunto; e um segundo momento em que conduzia os interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem. Daí que a maiêutica consistisse num autêntico parto de ideias, pois, mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas ideias acerca do tema em discussão, reconhecendo assim a sua ignorância e gerando novas ideias, mais próximas da verdade.
Sócrates defendia que se deve sempre dar mais ênfase à procura do que se não sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente.
Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus