Sócrates
Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469/470 a.C. e falece em 399 a.C. condenado por não acreditar nos deuses da cidade e de corromper os jovens. Em seu julgamento ele desmente tais afirmações, porém por ressentimentos políticos acaba sendo tido como culpado.
Em seus discursos não usava de grandes pausas reflexivas, e sim de um jogo de perguntas e respostas bem dinâmico e veloz onde introduzia fatos lógicos e depois desenvolvia sua tese.
Sua visão dos deuses era única. Acreditava que o homem era dotado de logos, pois os deuses davam aquilo que era necessário para sua sobrevivência, pois olhavam de forma coletiva para eles, não individualmente como muito acreditam. Para os bons, o deus apresentava-se como voz divina que o auxiliava em determinadas situações.
Apesar de criar reflexões sobre vários problemas, ele não deixou resolução para nenhum deles. Na realidade, ele não deixou nada escrito, mas seus saberes foram divulgados a partir de seus discípulos, o principal e mais idealizador dele, Platão. Este foi tão importante na propagação sobre seu mestre que confunde-se as teorias de ambos, muitas das vezes não havendo distinção de onde termina Sócrates e começa Platão.
Sócrates e os sofistas
Foi na Grécia que nasceu a primeira iniciativa para o que chamamos de pensamento filosófico, que consiste em uma explicação racional que deixa de lado os mitos e a religiosidade como forma de explicar o mundo. Essa relação de mudança está relacionada com o surgimento da polis e com outras transformações do mundo grego, como o distanciamento da ideia dos deuses envolvidos com a criação do mundo, dessa forma começou a surgir indagações do tipo, “Mas por que as coisas são como são?”, “Qual a razão de estarmos nesse mundo?”, entre outras.
Com a consolidação e o aperfeiçoamento da democracia, governo em que o povo é responsável pelas decisões da sociedade ao escolher um representante, surge a Ágora, espaço determinado para negociações e para tratar dos