Sócrates

Apologia de Sócrates

Para Sócrates, o papel do filósofo é levar o homem a refletir sobre a verdade e buscar conhecimentos. Ele acreditava que o homem deveria conhecer a si mesmo e usar seu pensamento de forma racional para pensar sobre o mundo, a própria vida e suas ações, pois só assim reconheceria sua própria ignorância, com isso passaria a questionar, a fazer perguntas e admitiria que na verdade os que dizem que tudo sabem, de fato não sabem nada.
Sócrates tinha como seu maior ideal a verdade. Ele refletia sobre o homem buscando entender sua essência e acreditava que a verdade estava ligada ao bem moral do ser humano.
Segundo Sócrates “uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”. Uma vida sem reflexão, questionamento, indagações, seria uma vida sem sentido. Viveríamos alienados a tudo e a todos, não teríamos vontade própria e acima de tudo não chegaríamos a algum conhecimento, pois essa reflexão nos leva a uma busca constante a sabedoria. Para Sócrates, se ele parasse de filosofar, de examinar a si mesmo e aos outros, abandonando o que sempre buscou – aceitaria ser acusado de querer ser sábio sem o ser e aceitaria a morte, pois “temer a morte é de fato parecer saber o que não se sabe”.
Por ter sido a primeira vez que Sócrates se apresentava num tribunal, não se sentia a vontade no falar – mas como disse em sua defesa, ele seria o que sempre foi, pois um juiz, um orador deve sempre dizer a verdade.
Sócrates afirmou perante os cidadãos atenienses que tudo o que disseram a seu respeito não era verdadeiro. Foi acusado de enganar os cidadãos por ser hábil no falar. Confessou ser um orador – não da maneira que seus acusadores afirmavam, mas tinha uma oralidade justa. Ele precisava se defender e tirar a má impressão que tinham dele, mesmo achando difícil.
Por ser um bom orador, Sócrates foi acusado de persuadir os jovens e corromper suas mentes, pois os jovens gostavam de ouvi-lo analisar os homens de forma minuciosa, ou seja, com muita atenção e o