Sócrates e os sofistas
Diógenes Santana Santos1
NOTA DE LEITURA
Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi extremamente importante, mas de duração relativamente curta: o período dos sofistas. Esse período compreendeu os séculos IV e V a.C. e envolveram poucos, porém grandes intelectuais, pensadores e cientistas, dentre eles: Protágoras e Górgias. O pensamento de Sócrates é um marco na construção da tradição filosófica, e inaugura a filosofia clássica rompendo com a preocupação de doutrinas sobre a realidade natural dos filósofos pré-socráticos. Sócrates tinham como principais discípulos Platão e Aristóteles. Apesar de terem visões diferentes e diametralmente opostas, Sócrates e os sofistas compartilham o interesse pela problemática ético-política, pela questão do homem enquanto cidadão da polis, que passa a se organizar politicamente no sistema que conhecemos como democracia.
Os sofistas recebiam pelos ensinamentos que ministravam, sistematizaram e transmitiram uma série de conhecimentos e dominavam técnicas avançadas de discurso que atraiam muitos aprendizes. Eles não ensinavam em um determinado local, eram conferencistas itinerantes, viajando constantemente. Antes de qualquer coisa, os sofistas se preocupavam em dominar minuciosamente as técnicas de discursos para que o interlocutor se convencesse rapidamente daquilo que estava discursando. Para eles não interessava se o que estavam falando era verdadeiro, pois o essencial era conquistar a adesão do público ouvinte driblando as teses dos adversários. Os sofistas ensinavam por meio de uma designação geral de filosofia que compreendia uma série de conhecimentos não abordados pela escola regular, como: física, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si.
Ao contrário dos sofistas, Sócrates não recebia pagamentos pelo o que ensinava, dispensava gratuitamente o seu saber a quem