swath o dono do tempo
Por mais inabalável que pareça, uma indústria sempre está sujeita a fortes golpes da concorrência. E, por mais tradicional que seja, precisa investir em inovação para sobreviver. A indústria relojoeira suíça aprendeu essas lições e de forma precisa e surpreendente acertou seus ponteiros.
“Os suíços inventaram o quartzo”, foi dito certa vez por um especialista em Marketing, “mas não o utilizaram porque tinham medo que ele acabasse com o mercado tradicional”.
Em 1970, a Suíça liderava a produção mundial de relógios, com uma participação de 42%, exportando virtualmente toda a sua produção.
O Swiss Made era um símbolo internacional de qualidade. Embora a Suíça já houvesse produzido, por volta de 1940, cerca de 80% da produção mundial, o valor produzido em 1970 era três vezes maior do que o de três décadas antes.
Não obstante sua forte posição de liderança no mercado, em 1970, os fabricantes suíços estavam despreparados para a “batalha do relógio eletrônico”, a ser travada no decorrer da década seguinte, entre suíços, japoneses e norte americanos. As razões para esse despreparo estavam exatamente no extraordinário apego ao produto, talvez devido a “forte orientação familiar, 30 anos de regras protecionistas de cartel e a percepção de seus negócios em termos especificamente técnicos”.
Em 1975, as exportações de relógios suíços declinaram em 22%, e a indústria entrou em severa crise. Um ano depois, especialistas no setor previam o desaparecimento da indústria suíça de relógios. Em 1980, um artigo da revista Business Week assinalava que: os suíços, que por muito tempo trataram o relógio digital como se fosse uma moda, vinham entregando sua parcela de mercado a todos os demais. Agora, entretanto, estão examinando o que sobrou de sua indústria, outrora líder, em uma tentativa de reverter a tendência declinante de seus negócios.
Enquanto isso, primeiro os japoneses e, depois, os fabricantes de Hong Kong, assenhorearam-se do mercado de relógios