Sustentabilidade

http://www.rc.unesp.br/igce/planejamento/publicacoes/TextosPDF/rbraga%20pluris%202008.pdf

Paralelamente à ascensão do discurso ambientalista urbano, em grande parte voltado à situação das áreas metropolitanas, no Brasil, as cidades médias tornam-se os centros mais dinâmicos num processo de reestruturação urbano-regional marcado pela desconcentração metropolitana. Os processos de produção de pobreza, degradação ambiental e violência urbana passam a se reproduzir nos centros médios do interior, quase que mimetizando as áreas metropolitanas. Hoje vemos uma universalização da insustentabilidade do processo de crescimento urbano, que abarca grandes, médias e pequenas cidades (BRAGA, 2008).

Como uma espécie de antídoto à crise urbana, social, econômica e ambiental, o Estatuto da Cidade, a partir de 2001, vem colocar-se como instrumento de promoção da função social da cidade e da sustentabilidade urbana. Os até então desacreditados Planos Diretores ressurgem como desejados portadores de uma nova ordem urbana, socialmente mais justa e ambientalmente mais equilibrada. (BRAGA, 2008)

Um das chaves para a operacionalização do conceito de desenvolvimento sustentável parece estar em sua territorialização, ou seja, de sua discussão em bases locais, regionais e globais. O espaço, a geografia, seria o amálgama capaz de dar algum nível de integração a princípios e estratégias tão gerais e, aparentemente, tão díspares. Nesse sentido, o debate da sustentabilidade urbana ocupa uma posição de destaque, tanto pela universalidade do fenômeno urbano, quanto pelo forte impacto da urbanização tanto no desenvolvimento quanto no meio ambiente (cerca de 50% da população mundial vive em cidades e no Brasil esse índice ultrapassa os 80%). Na discussão do processo de desenvolvimento urbano estariam presentes, e de forma integrada, todos os princípios-chave a serem focados na promoção do desenvolvimento sustentável. (BRAGA, 2008)

Há pouco consenso sobre o que venha a ser realmente uma