Surgimento da sociologia como ciência
Há uma longa tradição desde o século IV a.C até o século XIX, em que a lógica de Aristóteles foi estudada, comentada, criticada, às vezes, embora nunca destronada, ela foi a lógica que dominou o pensamento ocidental até o século XX. É isso que chamamos de "lógica aristotélica". Essa lógica considerada como uma ciência é adequada definida por Kant, com estas palavras:
A lógica é ... Mas, enquanto ciência das leis necessárias do pensamento, sem as quais não tem lugar uso algum do entendimento e da razão e que são, pois, as condições sob as quais apenas o entendimento pode e deve concordar consigo mesmo - as leis e condições necessárias de seu uso correio -, a Lógica é um cânon. / E, enquanto cânon do entendimento e da razão, não deve tampouco, por isso mesmo, tomar princípio algum seja a uma ciência, seja a uma experiência qualquer: ela só pode conter leis a priori, / que sejam necessárias e concirnam ao entendimento em geral.
(Kant,1992, p.14).
No desenvolvimento da lógica aristotélica, essas leis necessárias do pensamento são derivadas por referência ao próprio pensamento, uma vez que expressa o ser e o não-ser. Existem três princípios gerais, comumente chamados as leis (ou princípios) do pensamento que especificam o que é pensar cientificamente: o princípio de identidade, o que requer que o objeto deve ser pensado como tendo uma natureza imutável (A é A), o princípio da Contradição, onde não pode ser pensado como de uma só vez com um determinado personagem e não ter esse caráter (A não pode ser B e não B), e do Princípio do terceiro excluído, onde quer que tem caráter ou a propriedade ou não tê-lo (A é B ou não B). Aristóteles dá a estes princípios distintas interpretações.
O Princípio da identidade não é como poderia aparecer a reiteração abstrata de um termo como sujeito e predicado. Na sua forma proposicional, como observa Hegel, não há promessa