Superficialidade da informção
Faz parte do ideal iluminista a compreensão de que a imprensa serve, acima de tudo, para prestar um serviço público e este não é outro que o de dizer a verdade à população. Atuando assim, a imprensa favorece a construção de uma consciência crítica da realidade. Até aí, tudo bem.
O problema é que este entendimento vem, há muito, sendo desafiado pelo concepção capitalista de que a notícia é um produto de consumo como outro qualquer.
E se é produto de consumo é natural que obedeça a lógica das fases de produção, linha de montagem etc. O mercado, bem o sabemos, obedece a leis, regulamentos, normas. E é exigente: quer tudo e a tempo. É aqui que mora o perigo, pois vivemos sob o signo da velocidade.
Tudo precisa ser feito de imediato e mesmo a notícia necessita ser atualizada a cada instante, algo concebível no mundo virtual. Mas não é de hoje que estamos às voltas com notícias mal-apuradas, notícias que não preenchem requisitos mínimos de qualidade e que - passou a ser corriqueiro - parecem inteiramente divorciadas da verdade: na falta atualizações, estas passam a ser inventadas.
Lições de descompromisso
A tentação de passar ao largo de qualquer forma de aprofundamento, não importa quão interessante e convidativo seja o assunto, parece ser a regra geral. Uma coisa é entender que a objetividade não existe e outra, bem diferente, é deixar de buscá-la. E a busca da objetividade ajuda a revestir de credibilidade o texto jornalístico.
Também passou a ser comum encontrar, principalmente no jornalismo virtual, notícias que nem mereciam ser notícias devido à sua completa falta de importância relevância.
Luta hipotética
O jornalismo instantâneo é geralmente recheado por temas desimportantes, quando não por frivolidades em pencas. É o artificialismo em transe. Neste contexto, não deveria causar espanto ver o nível cada vez mais raso que o jornalismo vem assumindo em sua roupagem virtual.
Não